domingo, 16 de fevereiro de 2014

GREGOR MENDEL - O PAI DA GENÉTICA

Gregor J. Mendel nasceu em 1822 e no ano de 1843 ingressou no mosteiro Altbriinn, que pertencia à Ordem dos Agostinianos, na antiga cidade de Bruiinn, Áustria, hoje, República Tcheca. Com 25 anos, foi ordenado monge.

No mosteiro, além das atividades religiosas, Mendel cultivava exemplares da espécie Pissum sativum, a conhecida ervilha-de-cheiro. Utilizando seus conhecimentos em botânica e horticultura, realizou cruzamentos experimentais entre variedades de plantas chamadas por ele “puras”, obtendo com isso resultados extraordinários.

Durante oito anos (1856 a 1864) Mendel realizou experimentos considerando características isoladas, isto é, trabalhando uma característica da planta de cada vez, como por exemplo: a cor verde ou amarela da semente, sua forma lisa ou enrugada (rugosa), a forma da vagem lisa ou ondulada, a cor das flores vermelhas ou amarelas.

Mendel contava o número de descendentes gerados em cada cruzamento de acordo com a característica analisada. Esses dados permitiram-lhe deduzir as leis que governavam a hereditariedade.

Mendel estudou outros vegetais e também alguns animais, e a escolha pela ervilha não foi ao acaso, e sim por apresentar qualidades  que facilitavam seu manuseio e suas pesquisas.

Ele realizou polinização cruzada para ter certeza dos resultados de seus cruzamentos intencionais e para evitar a autofecundação.

Na época (1865), seus trabalhos foram apresentados para a Europa e América. Mas não foram alvo de interesse, e muito menos reconhecidos, permanecendo esquecidos por aproximadamente 35 anos.

Mendel faleceu em 1884, sem ter recebido em vida o reconhecimento.

Somente a partir de 1900, quando os estudos em genética se tornaram um trabalho sistematizado, três cientistas: o holandês Hugo De Vries, o alemão Carl Corens, e o austríaco Erick Von Tschermak; pesquisando independentemente e praticamente ao mesmo tempo, chegaram às mesmas conclusões às quais Mendel havia chegado, e todos reconheceram Mendel como o precursor da genética.   


BOSCHILIA,CLEUSA. Minimanual Compacto de Biologia: Teoria e prática. 1ª Ed. Editora Rideel, 2001. Pag.300 (com alterações).


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  http://www.youtube.com/watch?v=riB3y-32-zY
TAXIONOMIA DOS SERES VIVOS (Classificando a Diversidade Biológica)

Em 1735, o botânico sueco Carl von Linné (Lineu) estabeleceu um sistema para classificar os seres vivos, propondo também os nomes para cada agrupamento, obedecendo sempre a uma hierarquia.

Nessa hierarquia a unidade de classificação é a espécie, que Lineu definiu como sendo um agrupamento de seres vivos semelhantes anatomicamente. No século XVII, dominava o pensamento fixista ou da imutabilidade das espécies, ou seja, os seres foram criados a partir de uma forma fixa e imutável. E todos os demais eram cópias do original. Quando não idênticas, falava-se em cópias imperfeitas do ideal. O sistema de classificação estabelecido por Lineu, apesar de ter sofrido algumas adaptações, é válida até hoje. Estabelecido o termo espécie, como sendo a unidade de classificação, espécies semelhantes foram agrupadas em outra categoria (o gênero).

Do mesmo modo, os gêneros podem ser reunidos, formando famílias. Famílias podem ser reunidas, formando ordens. Ordens são reunidas em classes, As classes podem ser reunidas, formando filos. Filos se reúnem formando reinos. O reino é a categoria taxonômica mais abrangente de classificação.

BOSCHILIA,CLEUSA. Minimanual Compacto de Biologia: Teoria e prática. 1ª Ed. Editora Rideel, 2001. Pag.81.

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

Vimos anteriormente que o sistema de classificação formulado por Lineu (1735) é válido até hoje. Mas Lineu não só classificou os seres vivos dentro de categorias hierárquicas, como também adotou um sistema de nomenclatura, que é utilizado até hoje, conhecido como Sistema binominal de nomenclatura. Isso quer dizer que o nome de uma espécie é sempre composto (binominal), ou seja, formado por duas palavras.

O primeiro nome se refere ao gênero, e o segundo, à espécie. Por exemplo: o cão e o lobo pertencem ao mesmo gênero (Canis) mas pertencem a espécies diferentes. O cão pertence à espécie Canis familiares, e o lobo, à espécie Canis lupus.

Quanto ao idioma em que deveria ser escrito o nome científico, Lineu concluiu que o ideal seria utilizar uma nomenclatura universal (comum a todos os cientistas, independente da sua nacionalidade) e que não sofresse modificações. O latim por ser uma língua morta, foi a escolhida. Com essas propostas, Lineu teve o mérito de uniformizar universalmente a nomenclatura dos seres vivos.

BOSCHILIA,CLEUSA. Minimanual Compacto de Biologia: Teoria e prática. 1ª Ed. Editora Rideel, 2001. Pag.82.

Observem o exemplo:

Reino:  Animalia
Filo:      Chordata   
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata                                                      
Família: Viperidae
Gênero: Crotalus
Espécie:C. durissus

Nome Científico: Crotalus durissus (Linnaeus, 1758)

 Ilustração retirada do livro: Serpentes do Brasil - Iconografia Colorida de Afrânio do Amaral. Editora Melhoramentos/EDUSP.1978. Pag. 231.